terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Atleta - Estudante I

Fui aluna no Instituto superior de agronomia em Engenharia Florestal, na UTL, motivada pelas minhas raízes na Serra dos Candeeiros. Cheguei ao 3º ano, mas o grande envolvimento a todos os níveis no desporto, motivou-me a optar por um curso ligado ao desporto. Então no ano 2002 pedi transferência para a FMH, também integrada na UTL, para o curso de Ciências do Desporto, via Exercício e Saúde. Entretanto, 3 campeonatos do mundo e 2 jogos olímpicos fizeram com que a minha opção em primeiro lugar continuasse a ser a alta competição. A faculdade passou a ser feita em fases mais calmas da vida desportiva, habitualmente no Inverno, e por isso que tenho os semestres de impares (set-jan) com um grau de aprovação maior que os pares (Fev-Jul).
Não é fácil conciliar as duas actividades, ambas de alto nível e de grande mérito. Ser atleta de alta competição é algo muito especial, principalmente quando representamos as cores do nosso país, algo que só está ao alcance de poucos. Os problemas com a formação académica chegam quando treinar nos exige ausência da faculdade, tornando quase impossível assistir com assiduidade às aulas e acompanhar o ritmo do estudo. Os estágios, as competições, mas em especial o dia-a-dia com exigência física e com exigência intelectual, deixam pouca margem para a recuperação do corpo! Afectando a concentração no estudo e tudo fica mais complicado. O que torna evidente a opção… é que se pensarmos que a vida de um atleta tem uma duração a curto prazo, mas que a formação académica é muito mais flexível… vamos apostando, tentando conciliar ambas, mas privilegiando a competição.

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