terça-feira, 29 de junho de 2010

Podia ir ao meu quinto Campeonato da Europa?

Poder, podia… mas não fui seleccionada!

Pois é, estou triste pela decisão do seleccionador nacional na escolha da pré-selecção para o Europeu nos 20 Kms marcha femininos, desta vez fiquei de fora!
Já ouvi alguns a dizer: “Susana, já levas 21 anos de selecção nacional, já não era sem tempo de ficares em casa?”, mas quando ainda se consegue trabalhar, gerir o esforço, tratar da motivação e atingir boas marcas, o “onho não pode continuar a comandar a vida?”? Só que a minha tristeza é agudizada por um factor extra, que até posso lhe chamar de mágoa misturada com desilusão.

Este sentimento não se prende apenas pelas questões factuais de ter a terceira marca do ano e ter sido preterida da pré-selecção para Barcelona, já que a marca que fiz no GP da Corunha é o único critério de peso que consegui atingir esta época rumo ao Europeu (para além do palmarés que levo no meu currículo, que também consta como um dos critérios a ter em consideração para se ser seleccionado), mas este meu sentimento é acrescido apenas, e só, porque soube da decisão do nosso seleccionador nacional via sms enviada por um amigo meu, após ler no site da FPA a divulgação da pré-selecção para a marcha feminina.

Pode-se questionar, se é correcto ou não, porque manifesto aqui o meu lado desta história e porque escrevo aqui que me vai na alma, mas a razão é simples, somente porque sou “filha de boa gente e só não se sente, quem não o é”. Por outro lado, não quero deixar passar este episódio dum modo privado, quero que quem venha a este blogue saiba que, mesmo pertencendo à casa (FPA) não tenho qualquer pudor em expor publicamente o que penso e sinto, desde que de um modo justo, honesto e correcto… E desta vez portaram-se mal comigo! Existem procedimentos oficiais, que os posso questionar, mas não os coloco em causa. Mas em relação aos procedimentos humanos já não posso dizer o mesmo...

Esta época… E uma raiz!

Depois da minha desilusão nos JO Pequim, decidi que os objectivos das épocas futuras seriam definidos em função dos apoios que for tendo (oficiais e privados), da motivação que sentir e das respostas que o meu corpo for dando à carga de treino.
Assim foi 2009, que terminou bem com 10º lugar em Berlim, na minha décima participação em Mundiais, apesar de ter sido uma época instável e difícil de percorrer.

Para 2010, ano de campeonato da Europa e dada a grande competitividade interna para os três lugares na selecção, consenti que manter o meu nível 3 no Projecto Olímpico, ajudar a equipa na Taça do Mundo a conquistar um lugar no pódio e ter como um dos momentos mais altos do ano, os 20 kms no GP Rio Maior, seriam objectivos coerentes, possíveis e que me permitiram dedicar um pouco mais ao meu curso universitário, que pouco tem avançado.

Mas em plena preparação de Inverno, apareceu uma raiz duma árvore no meu caminho, que não estava no programa antes do campeonato nacional de marcha em estrada em Olhão. Durante um treino de corrida em terra batida tropecei na dita cuja e o resultado foi uma pequena catástrofe física. Diagnóstico: fractura do toquíter esquerdo (braço/ombro)... Consequência: imobilizada durante tempo demais.

As lesões nunca estão previstas, mas temos de tentar preveni-las e quando aparecem temos de saber lidar com elas. Não é tarefa fácil! E esta lesão é daquelas que não lembra a ninguém, que para além de limitar a actividade desportiva, restringiu-me a vida quotidiana e durante uns tempos fiquei limitada em fazer coisas tão simples como conduzir, vestir, tomar banho ou até secar o cabelo, confesso que foi uma verdadeira chatice!!
Este acidente colocou logo de lado a minha participação no Campeonato de Portugal de marcha em estrada em Olhão a 21 de Fevereiro e deixou muitas reservas em relação à participação no GP Rio Maior a 10 de Abril, que veio a verificar-se, uma vez que a recuperação foi muito demorada e a retoma ao treino regular tardou.

Perante este cenário, no final de Março, tive de reequacionar os objectivos do ano.
Mantendo os estágios em altitude e retomando o programa de treino dum modo ainda mais intenso, qual seria a minha hipótese manter o nível 3 do Projecto Olímpico? E em que condições estaria na Taça do Mundo? E a disputa dum lugar na equipa para o Europeu ainda seria viável? Teria tempo para me preparar em boas condições?

Mesmo tendo a noção que alguns dos critérios colocados pela DTN para a selecção para o Europeu ( http://www.fpatletismo.pt/ficheiros_artigos/Critérios%20de%20Selecção%202009-2010(1).pdf ) já estariam esgotados, outros ainda restavam. E foram aos restantes critérios definidos que me agarrei, nomeadamente à data limite da divulgação final da pré-selecção, 21 de Junho (logo após os 20km do IAAF Race Walking Challenge na Corunha, prova que apresenta sempre um grande nível competitivo) o que me permitiria dar o tudo por tudo até lá.
Mas não foi um percurso fácil…

Após grande ponderação e numa espécie de corrida contra o tempo, deparo-me com poucas provas de 20 kms onde consiga estar numa forma física mínima que me permitisse cumprir com pelo menos um dos objectivos possíveis. Um desses objectivos seria a qualificação para o Europeu até ao dia 21 de Junho (a disputar um lugar com a Vera Santos, a Inês Henriques e a Ana Cabecinha, que entretanto já estavam bem encaminhadas para o alvo) e o outro objectivo seria fazer por duas vezes menos de 1h32’40 em competições de qualidade, o que pelo menos, não indo ao Europeu, me manteria o apoio do nível 3 do Projecto Olímpico, permitindo assim continuar a treinar e a apostar no alto rendimento.

As competições de 2010…

A Taça do Mundo de marcha em Chiuhauha a 14-15 de Maio, aproximou-se rápido, mas a minha forma não veio tão rápido. Apesar de ter a real noção do meu atraso de forma, nem me passou pela cabeça colocar em causa o sacrifico pela selecção na taça do mundo, pois sabia que se recusasse (mesmo com justa causa) a participação nesta competição colectiva, as possibilidades da nossa equipa em subir ao pódio seriam diminuídas (devo recordar que com as medalhas da Vera e da Inês, tanto o 8º lugar da Ana ou o meu 16º lugar, dariam o brilhante Ouro colectivo que conquistámos para o Atletismo Português). E por outro lado, nós atletas também devemos ter presente que os apoios oficiais que recebemos por sermos de alto rendimento também existem para correspondermos a alguns sacrifícios necessários. Portanto, mesmo estando fora de forma e sabendo das difíceis condições climatéricas que iríamos encontrar, tinha consciência que a minha participação daria alguma confiança à equipa e não poderia recusar em ser útil… Assim foi! Este foi o meu primeiro “confronto” competitivo directo com as minhas colegas (de apenas dois que tive possibilidade), fui a quarta do grupo. Fiz uma competição com muita paciência e sempre em plena gestão do esforço, que foi altamente recompensada com a subida ao lugar mais alto do pódio.

O passo seguinte seria a subida efectiva da forma, tendo tudo em falta, a resistência, a potência, a velocidade, o trabalho parecia gigante, é que para marchar 20 kms a altos ritmos é algo que não se treina em meia-dúzia de semanas. E a previsão mais viável e certa de resultado, seria apenas para o GP na Corunha. Entretanto propus-me ir a competir a mais uma etapa do IAAF Race Walking Challenge em Cracóvia, pois são necessárias três participações no circuito para poder estar na final em Setembro em Pequim e eu apenas tinha a participação na Taça do Mundo. A distância em causa é de 10 kms, mas tanto para o europeu como para o projecto olímpico a distância que conta são os 20 kms, no entanto dadas as circunstâncias seria bom competir. Fiz 45’26, tendo sido notória a carga de treino que estava a fazer e a natural falta de ritmo. Mas regressei com ganas!

A última oportunidade rumo ao Europeu… 19 de Junho em La Coruña!

Apesar de ter consciência das minhas condições, a noção da realidade era dura e não me encontrei sempre forte a nível psicológico, o que me levou a esforços suplementares e a uma dedicação diferente, mas foi relevante competir na Polónia. Paralelamente a isto tudo, o meu corpo também foi cedendo à carga e foram aparecendo as dores, que já me são típicas, dores nos músculos posteriores de ambas as coxas! Entre o controlo na fisioterapia/MFR e nas adaptações das sessões de treino, consegui controlar a situação.

E lá chegou o dia 19 de Junho, mantive-me tranquila o quanto possível e concentrada no meu trabalho, pois seria a única variável ao alcance do meu controlo, tudo o resto não dependeria de mim, fazer o meu melhor é sempre objectivo, mas nem sempre conseguimos fazer isso dum modo tão simples.

Concentrada, apostei na competição com a minha experiência e cautela, para não cometer erros nem loucuras, em especial para aguentar a fase dura dos 12-15 quilometros. A Vera Santos e a Inês Henriques passaram a 44’21 a meio, a Ana Cabecinha já mais atrasada passa a 44’34 e eu passei a 45’15. A Ana desiste na fase mais dura de uma competição. Depois de ter andando no grupo da frente a ritmos altíssimos, sentiu uma dor na barriga que a leva a quebrar de tal modo, que segundo quem estava a assistir conta que nos viu a aproximar rapidamente. Eu estava tão concentrada no meu trabalho que não percebi da desistência da Ana, pois após os 20 minutos da nossa partida, partem os homens e o circuito fica mais preenchido com atletas em competição, daí ser mais difícil estar atenta a tudo o que se vai passando.
O meu resultado foi uma competição a ritmos fortes e regulares (22’34+22’41+22’55+22’37 = 1h30’47), terminando bem nos últimos quilómetros, quem faz esta distância sabe bem o que isto significa.

A pré-selecção final nos 20km marcha femininos

A convocatória final tinha data marcada para sair a 21 de Junho e tinha marcado a vinda para estágio para altitude no dia seguinte, ou seja a intenção seria estar em estágio tranquila com tudo definido, Isto é a treinar sem dúvidas ou ansiedades, como já aconteceu no passado. No dia 23 de manhã, já em St. Moritz, quando acordo e ligo o telemóvel recebo uma sms, enviado por um amigo, a dizer que ao final da noite tinha sido anunciada no site da FPA a 3ª atleta pré-seleccionada para Barcelona!

Fiquei… Primeiro, fiquei espantada, pois ninguém me tinha dito nada e depois fiquei triste por não ter sido a 3ª escolhida, dado ter feito a 3ª marca do ano dentro do prazo pedido e numa fase mais adiantada da época, aspecto que habitualmente tem muito peso para se ser seleccionado.
Até parece ironia, dado que a atleta que desiste é que foi pré-seleccionada, quando a adversária mais directa termina com melhor marca que a sua! No meu ponto de vista a competição na Corunha, dado que estava dentro do prazo definido pelos critérios, deveria ter tido peso nas contas da pré-selecção. Ou não?

A questão em causa é que de facto no meu segundo “confronto” com as minhas colegas, sou a terceira, dado que uma delas desiste e ainda faço a 3ª marca entre as quatro.
Mas então, afinal a data limite na Corunha não deve ter sido relevante! (como não falei com nenhum responsável sobre o assunto, não sei precisar este dado)
Nos critérios estão referidas três competições de referência para avaliação, nomeadamente o Campeonato Nacional de estrada a 21 de Fevereiro, o GP Rio Maior a 10 de Abril e a Taça do Mundo em Chiuhuahua a 14 de Maio e eu apenas pude participar numa, na Taça do Mundo. Portanto, suponho que, o meu resultado na prova da IAAF na Corunha, superior em 27'' ao melhor da Ana Cabecinha esta época, apenas teria sido considerado caso existisse uma dúvida na convocatória!

Dado isto, pode-se questionar, se as três atletas a pré-seleccionar já estavam definidas após a Taça do Mundo, porque não me foi dito algo? É que bastaria “algo” para que estivesse mais informada sobre o “peso” da competição na Corunha. Suponho…

Estou triste porque…

Apesar de sentir que estou mais forte agora, do que estava na mesma altura no ano passado ou inclusive em 2007 (ano em que fui 5ª no Mundial em Osaka), estou triste por não ter sido a escolhida para ir ao Europeu, não percebo, mas posso entender pelo modo como estão redigidos os critérios… É claro, que posso entender!
E também sei que a posição do seleccionador não é fácil e estou grata pela divulgação dos nomes ter acontecido como devia, porque assim todas as atletas sabem qual os seus objectivos imediatos e sabem a que propósito estão em estágio!

No entanto não posso deixar de considerar que estas não são as melhores circunstâncias para se proceder à selecção dum lote de atletas, em especial quando o número de lugares é inferior ao número de candidatos… Mais uma vez creio ser necessário uma nova reflexão para melhorar o futuro! Refiro-me em especial a uma exímia comunicação que deve existir entre os interessados na matéria!

Mas tal como já disse, a minha tristeza é agudizada por um factor extra e o que sinto é uma grande mágoa misturada com desilusão, pois afinal consegui cumprir um dos critérios, isto é a 3ª marca entre as quatro atletas em disputa pelos três lugares, e a pré-selecção é divulgada no site da FPA sem ter tido a oportunidade de saber que estava de fora antes de ser público.

Mágoa e desilusão, apenas e só porque me parece que houve alguma indiferença a uma lesão grave e ao mesmo tempo parece não ter existido respeito pelo meu esforço e pelo meu trabalho, depois de tantos anos a defender as cores do atletismo e de Portugal, acho que merecia um pouco mais que um gélido comunicado online...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Estágio na Suiça já começou

Susana Feitor está desde terça-feira em mais um estágio em altitude, em St. Moritz (Suiça), na companhia da habitual equipa de treino. Mesmo não estando pré-seleccionada para o Campeonato da Europa de Atletismo, a marchadora, face à excelente marca conseguida no passado fim-de-semana na Corunha, decidiu prosseguir a temporada onde tem ainda objectivos a atingir como a final do IAAF Race Walking Challenge, em Setembro, na China e, eventualmente, uma outra prova de 20 Kms no final do Verão, que lhe permitirá manter presença no projecto olímpico Londres 2012. O regresso a Lisboa está marcado para dia 16 de Julho, na véspera dos Campeonatos de Portugal de Pista, onde vai marcar presença.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Seleccionador deixa Susana de fora

Mesmo depois de confirmar o mínimo e de conseguir a terceira marca nacional do ano, Susana Feitor não foi seleccionada para os Campeonatos da Europa de Atletismo, que se realizam em Barcelona. A marchadora do Clube de Natação de Rio Maior foi preterida em função de Ana Cabecinha, atleta que desistiu na última prova de selecção, na Corunha, onde Susana conseguiu 1h30'47'', cerca de 30 segundos mais rápida que o melhor registo de Ana Cabecinha. Justificação? Não foi dada... nem no site da federação, onde saiu a nota, nem à propria Susana, que teve conhecimento através do comunicado. Uma situação, no mínimo, estranha, principalmente se tivermos em conta que a prova galega era decisiva para a escolha da terceira marchadora, ou não tivesse o seleccionador José Barros apontado para o pós-Corunha o anúncio do terceiro nome. Provavelmente, se o esforço de Susana e a desistência de Ana não clarificaram nada, as coisas já estariam decididas após a Taça do Mundo, quando saíram, justamente, os nomes de Vera Santos e Inês Henriques. Susana lutou, trabalhou, fez uma recuperação incrível após longa paragem por lesão e chegou a uma boa marca com apenas duas provas de 20 Kms, ou seja, com muito menos oportunidades de fazer o registo que as restantes atletas... mas fez... e fica de fora. A marchadora terá oportunidade de reagir em tempo próprio a esta decisão. Fica, assim, claro que esta não é a opinião de Susana Feitor, apenas a constatação de factos de quem administra este blogue e que perante eles também tem opinião. A Ana Cabecinha (que não tem qualquer responsabilidade e que deu o seu melhor para estar em Barcelona), Vera Santos e Inês Henriques votos de muito boa sorte para o Europeu.

sábado, 19 de junho de 2010

Susana 8ª na Corunha com bom registo

Foi um regresso aos bons resultados. Susana Feitor mostrou esta tarde na Corunha que, em condições normais (sem longa paragem por lesão) esta seria mais uma temporada de bons resultados internacionais. A marchadora foi oitava na etapa espanhola do IAAF Race Walking Challenge, mas o que interessa é o regresso às boas marcas com 1h30'47''. A vitória foi para a espanhola Beatriz Pascual com grande recorde pessoal em 1h28'05'', seguida da irlandesa Olive Loughnane, em 1h28'38'', e da portuguesa Vera Santos, com 1h28'58'', que se mantém líder destacada do circuito deste ano. Inês Henriques foi quarta com 1h29'37'', recorde pessoal. Ana Cabecinha desistiu. Vera e Inês já estavam seleccionadas para o Europeu de Barcelona. A decisão final sobre Susana Feitor e Ana Cabecinha estava marcada para depois desta prova.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Susana marcha sábado na Corunha

Susana Feitor está na recta final da preparação para o Grande Prémio da Corunha (Espanha), que se disputa já no sábado, integrado no IAAF Race Walking Challenge. Será a segunda prova a sério de 20 Kms da marchadora esta temporada, depois da participação na Taça do Mundo, que Portugal venceu colectivamente. Com a forma atrasada relativamente às restantes portuguesas, Susana tem desenvolvido um trabalho de recuperação e mostra-se confiante com a subida de forma em que se encontra. Mesmo assim, diz entrar na prova "sem pressão", uma vez que grande parte dos objectivos ficaram comprometidos com a lesão que a afastou durante o arranque da época. Nesta altura pouco se sabe sobre as atletas inscritas, uma vez que o site da prova nada adianta. De qualquer das formas, as quatro portuguesas de topo vão marcar presença: Vera Santos, Inês Henriques (ambas pré-selecionadas para o Europeu de Barcelona), Ana Cabecinha e Susana Feitor. Também alinham a chinesa Hong Liu e a vice-campeã mundial Olive Loughnane. Apesar de não existirem garantias, é bem provável que as melhores espanholas marquem presença. O tiro de partida será dado às 18h30 (menos uma hora em Portugal).

domingo, 6 de junho de 2010

Carreira de Susana em trabalho de fim de curso

Os 20 anos de carreira internacional de Susana Feitor serviram de mote ao trabalho de fim de curso de Joana Silva, estudante do curso de Comunicação, Marketing/Relações Públicas e Publicidade da ETEO (Escola Técnica e Empresarial do Oeste). A Prova de Aptidão Profissional da jovem foi apresentada publicamente na passada sexta-feira, na Junta de Freguesia de Alcobertas, Rio Maior. Como resultado final surgiu uma revista, com entrevistas a Susana e às pessoas mais importantes na carreira da marchadora, e uma apresentação audiovisual, a que assistiram várias individualidades locais, nomeadamente representantes da junta e da câmara e da Desmor.