Após estar alguns anos como atleta Individual, aceitei o convite dum jovem clube para a próxima época.
Na recta final do prazo das filiações fui surpreendida com
um telefonema, que não era nada mais, nada menos, que um convite para ingressar
no Leiria Marcha Atlética Clube! á primeira vista até pode parecer um pouco
estranho porque aceitaria eu, já no final da minha carreira como atleta de alto
rendimento, um desafio destes. Mas não é, pois para além de me serem colocados
novos desafios, não pude deixar de considerar o facto de me irem ajudar a pagar
despesas inerentes á minha actividade e sendo eu estudante do ensino superior
na ESDRM (GOD) tenho de equilibrar os meus objectivos, com os apoios e com o
sucesso que procuro.
Todas as ajudas são preciosas. Mas na verdade senti o
reconhecimento, a compreensão e o respeito pela fase desportiva que vivo,
depois gostei de saber dos planos do clube na sua generalidade, que é jovem,
dedicado á marcha atlética e com objectivos ambiciosos, foi então tudo isto que
me fez ponderar que valeria a pena aceitar o convite. Pessoalmente
estou, sempre estive e conto continuar a estar disponível para ajudar a marcha
atlética, não só em Rio Maior ou em Leiria, mas em Portugal. Penso que nós
atletas da selecção nacional temos esse papel importante a desempenhar, mas é
claro que isso só por si não chega, podemos ser “pedra basilar” no exemplo para
a sua promoção e para a sua divulgação, mas são as condições de treino, os
treinadores, os dirigentes e todos os que contribuem para que os clubes e as
associações funcionem que têm esse ónus e devem estar bem organizados para que
os jovens sintam “apetite” pelo atletismo e pela marcha atlética em particular.
Sempre estive disponível para analisar todas as propostas
que me foram chegando durante a minha carreira, na sua maioria insuficientes
para me aliciarem na decisão de deixar o meu primeiro Clube (de Natação de Rio
Maior), o qual sempre me mereceu a minha prioridade e atenção. Mas em 2009/2010
deixei de ser atleta do CNRM e passei a estar como Individual, passei a
representar-me apenas a mim e á “minha” marca desportiva (#adidas), como é
óbvio continuei a representar a minha cidade (Rio Maior), o meu Distrito (via
Associação de Atletismo de Santarém) e o meu país (via Federação Portuguesa de
Atletismo). Saí do CNRM após uma longa carreira a vestir as suas cores e
enquanto representante do CNRM, o clube usufruiu financeiramente da nossa
relação, e não só, sempre numa base saudável, mas por todas as razões que
possam pesar numa decisão de sair (e não é agora passado tanto tempo que vou
estar a mexer nisso) o que é certo é que para mim o respeito é algo que prezo
muito, sempre procurei respeitar toda a gente, mas quando não é totalmente
reciproco, não sou menina “para me ficar” e passei a Individual em 2010.
Aproveito para esclarecer (ou relembrar) algumas pessoas
que se têm mostrados curiosos neste assunto e para que não existam mal
entendidos, que durante algum tempo fui ressarcida a nível público por ser
Embaixadora do Desporto de Rio Maior, pela divulgação e promoção do cluster “Cidade do Desporto” e a nível
privado também contei com um apoio de patrocínio da Nobre, mas há meia dúzia de
anos para cá que tenho vivido apenas das minhas economias, dos prémios das
competições e do apoio da FPA ou do COP, do apoio de equipamento da marca #adidas que estão ao meu lado desde 1993! e finalmente do apoio da marca #GoldNutrition com suplementos… Confesso que não é nada fácil e que ninguém
pense, como muitos pensam, que por sermos atletas de Rio Maior que estamos
“seguros” financeiramente (qualquer um dos meus colegas que seguiram o seu
caminho podem confirmar isso) as nossas recompensas são outras, que não são
pequenas, como é o caso da utilização do Complexo Desportivo e dos meios
disponíveis para treinar ou do carinho e do apoio das pessoas que lidam
connosco todos os dias.
Sou de Rio Maior (especificamente de Alcobertas), é o meu
concelho, é onde estão as minhas raízes, é onde vivo, é onde treino, é onde estudo,
mas não é por ir representar um clube de Leiria (ou se fosse outro qualquer),
que vou deixar de levar Rio Maior/Alcobertas comigo onde quer que vá ou esteja,
é que somos indissociáveis, pois estou conotada com Rio Maior e também Rio
Maior está conotada comigo!
Gosto de novos desafios vamos ver como corre!
Obrigada a todos os que
estão ao meu lado e me ajudam nas minhas labutas!
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s tempos integrou o grupo da frente até aos 5 kms. Após esse momento fez uma corrida solitária até à meta, mas sempre cumprindo os ritmos definidos pelo seu técnico, principalmente depois de uma semana de treino que não foi fácil com alguns problemas gástricos. Susana chegou ao fim com 1h32'36'', atrás de Ana Cabecinha (segunda com 1h31'08''), que deu muita luta à espanhola Beatriz Pascual (vencedora com 1h31'03''), e Inês Henriques (terceira com 1h31'32''), muito perto das da frente. Duas marchadoras que estão no bom caminho para garantirem a presença na capital britânica. Para trás, cerca de um minuto após Susana, ficou V
era Santos (1h33'45''), a outra marchadora portuguesa que procura um lugar em Londres. O resultado é ainda mais significativo pelas condições atmosféricas em que a prova se realizou (muito vento e alguma chuva) e a diferença entre 1ª (Pascual) e 7ª (Susana) não foi muito superior a minuto e meio. Boas indicações na primeira prova da época. Fica agora tudo para decidir na Taça do Mundo, na Rússia, em Maio... mas Susana está na corrida!
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