segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Susana quase em estágio

Susana Feitor parte na próxima semana para estágio para preparar o primeiro grande desafio da temporada, o Campeonato Nacional de Estrada, a 19 de Fevereiro, na Batalha, uma das três provas de selecção para o Mundial de Daegu (Coreia do Sul). A marchadora, que este Inverno já passou pela Noruega, está nesta altura a treinar sem problemas e está já adaptada ao novo esquema técnico, da responsabilidade de Stephan Platzer. Depois do Nacional, Susana parte para Flagstaff (Estados Unidos), local eleito pela atleta de há vários anos a esta parte para um dos principais estágios do ano. Segue-se a participação na etapa mexicana do IAAF Race Walking Challenge, antes do regresso a Portugal para o Grande Prémio de Rio Maior, segunda prova de selecção para o Mundial, sendo que a terceira será a Taça da Europa, em Olhão.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ano Novo… Ciclo Novo!

Uma carreira desportiva, em especial numa modalidade individual, é também muitas vezes um percurso solitário, mas na verdade nunca podemos estar sós, devemos ter a nossa equipa de trabalho que vai arquitectando o caminho em função de objectivos bem definidos. O treinador é um elemento fulcral nessa equipa, muitas vezes com um desempenho multifacetado de funções que vão muito para além das suas competências específicas. E nesta matéria tenho muito a agradecer ao homem quem me descobriu para o atletismo nos anos 80 e me encaminhou para a Marcha Atlética, Jorge Miguel, treinador de atletismo há mais de 30 anos, com formação profissional pela Federação Portuguesa de Atletismo e dinamizador da modalidade há 40 anos. Conheci o Jorge Miguel com apenas 11 anos e desde então temos um relacionamento forte e próximo. Cresci como desportista e como mulher sob muitas influências suas. Estou grata pelo caminho que tivémos oportunidade de fazer. Graças ao seu empenho e carolice conseguimos ultrapassar muitos obstáculos e demos passos importantes, alguns pioneiros nas mais variadas áreas da prática desportiva, mesmo quando os recursos eram ainda muito mescassos. No entanto, e tal como em qualquer relação pessoal, familiar ou profissional, também nós tivémos as nossas divergencias com pontos de vista discordantes, ultrapassámos umas, mas não ultrapassámos todas. Entre estes altos e baixos, a dada altura a nossa equipa não funcionou como gostariamos e foi surgindo um desgaste profissional que nenhum de nós antevia, alterou-nos as perspectivas e o modo de actuar perante as mais variadas situações. A um dado momento decidimos avançar para uma fase diferente, apesar do nosso relacionamento pessoal continuar a ser de grande respeito e amizade, o nosso relacionamento profissional sofreu alterações de dinamica e funcionamento. E foi, então, o momento de terminar um ciclo para darinicio a outro.
Quero dizer com isto que o meu enquadramento técnico vai passar a ser feito por Stephan Platzer, não só pelo seu curriculum e afirmação internacional que tem como treinador, mas também pela relação pessoal de confiança e proximidade que tenho tanto com ele como com a Kjersti Platzer. Pode parecer arrojado tomar uma decisão desta envergadura na fase final da minha carreira, mas não é. Apesar dos resultados desportivos terem uma dimensão imprevisível, é importante que, quaisquer que eles sejam, tenham embrenhados uma grande motivação e boas energias. São esses os ingredientes que quero atrair para este novo ciclo da minha carreira.