sábado, 3 de janeiro de 2009

Análise a 2008 III - 20 Kms Marcha

Foi mais uma longa temporada de marcha a nível mundial, dominada pelas atletas que nos últimos anos têm apresentado credenciais. Se a vitória nos Jogos Olímpicos de Pequim foi, sem grande surpresa, para a russa Olga Kaniskina, a verdadeira dominadora do circuito foi a dupla vice-campeã olímpica Kjersti Platzer. A norueguesa dominou de forma categórica as provas do Challenge da IAAF e foi Susana Feitor a marchadora que mais a desafiou (2ª, em Rio Maior, com sprint para a vitória, e 1ª, na Final, em Murcia).
As russas voltaram a dominar os melhores tempos do mundo com várias atletas a conseguirem resultados de grande valia em Adler, mas que não foram homologados devido ao desnível do percurso. Entram nas listas do ano, mas não nas de sempre. Caso contrário, teríamos um novo recorde mundial em 2008 com os 1.25.11 de Kaniskina.
A superioridade russa só é contrariada a nível mundial pelos resultados de um país que é caso único no sector da marcha: Portugal. Isso ficou logo bem claro na Taça do Mundo, com três atletas nas dez primeiras (uma delas no pódio) e um segundo lugar colectivo histórico. A prova de que não foi fruto do acaso está no ranking mundial de 2008, em que Portugal consegue três marchadoras nas oito primeiras. Esta classificação mostra a consistência de bons resultados, em deterimento de atletas que aparecem apenas uma ou duas vezes por ano.
No caso particular de Susana Feitor, 2008 foi, apesar do desaire olímpico, um ano de boa memória. Conseguiu várias marcas abaixo de 1 hora e 30, alcançou dois pódios no Challenge da IAAF (Rio Maior e Cracóvia), vingou-se de Pequim em Murcia ao vencer a Final do Circuito (onde bateu grande parte das primeiras nos Jogos Olímpicos), e termina 2008 como sexta marchadora do mundo (primeira entre as que falharam na principal prova do ano). Para quem pensava que a carreira estava no fim, ficou uma amostra do que está para vir...

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