Acabou ligação com Nobre

A Nobre terminou a ligação de 20 anos que tinha com Susana Feitor. A marca já não patrocinou a atleta este mês de Setembro, algo que estava acordado desde o início do ano e que a empresa do ramo alimentar cumpriu rigorosamente. É o fim de uma das mais longas relações do desporto português entre um patrocinador e um atleta, que começou em 1989, quando confrontado com uma notícia de jornal, o fundador da Nobre fez questão de chamara Susana Feitor ao seu escritório para saber quem era a menina que ganhava medalhas e fazia manchetes. Durante duas décadas o patrocínio traduziu-se num apoio financeiro mensal, a que a marchadora correspondeu com presenças em todas as campanhas e acções promocionais para a qual foi solicitada. Agora chegou ao fim.

Contributo para a campanha

Susana Feitor participou na quarta-feira numa acção pública sobre prática desportiva, integrada na campanha socialista às eleições de domingo. No Cine-Teatro de Rio Maior, discursou ao lado de nomes como Rosa Mota, Silvino Sequeira (Presidente da CM Rio Maior) ou Idália Moniz (candidata pelo PS no circulo de Santarém). A marchadora partilhou a sua experiência na área do desporto e a opinião acerca do actual cenário no país. Uma intervenção que visou em especial as medidas que há muito os atletas reenvidicavam com justiça e que tardaram a ser legisladas, como foi o caso do diploma sobre o alto rendimento, recentemente promulgado pelo Presidente da República, onde está prevista uma revolução total no sistema contributivo dos atletas, na segurança social e no IRS, e que prevê também um apoio no pós-carreira. Susana Feitor falou também do último ciclo olimpico, que foi "sem dúvida o mais estável em termos de orgânica, disponibilidade de apoios e de acompanhamento dos atletas, algo que no passado não aconteceu". A atleta deixou ainda a noção de um "caminho muito grande a percorrer na matéria da formação académica em paralelo com a actividade de atleta de alto rendimento. Este passo tem sido dificil, dado que as universidades têm a sua autonomia e os próprios professores também têm de estar disponíveis", disse no final.

Parceria Adidas/Holmes Place

Com a época competitiva terminada, Susana Feitor foi ontem "cliente" por uma manhã do ginásio Holmes Place de Miraflores, nos arredores de Lisboa. A iniciativa, desenvolvida em conjunto com a marca Adidas, levou vários nomes do desporto português a desempenharem funções bem diferentes daquelas a que estão habituados, mas dentro de um espaço que apela e promove a pratica de exercício fisico. Do "recepcionista" Nuno Gomes, aos "personal trainers" Nélson Évora e Naide Gomes, passando pela "massagista" Telma Monteiro, até aos "alunos" Susana, Tomaz Morais e João Correia, foi um par de horas bem passado que serviu para assinalar a recente parceria entre a cadeia de ginásios e a marca alemã, que passa a vestir os funcionários do Holmes Place, empresa líder do mercado a nível nacional.

Candidata ao lado de Silvino Sequeira

À semelhança do que aconteceu há 4 anos, Susana Feitor volta a estar na corrida eleitoral autárquica do próximo dia 11 de Outubro. Na sua vida activa paralela à carreira desportiva, a marchadora está ao lado do actual presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, que concorre para um sexto mandato. Silvino Sequeira (PS) fez o convite a Susana que aceitou estar outra vez ao lado de um homem que sempre a apoiou na sua condição de atleta e de principal símbolo do concelho que a viu nascer. Este apoio é declarado, como independente, no décimo lugar na lista socialista à Câmara de Rio Maior, uma posição à partida não elegível.

Platzer ganha com Susana em sexto

Susana Feitor foi esta manhã 6ª classificada na final do IAAF Race Walking Challenge 2009, disputada em Saransk (Russia), com temperaturas muito baixas, nunca acima dos 10 graus. A competição foi ganha pela grande dominadora do circuito Kjersti Platzer, que confirmou a sua supremacia ao longo de todo o ano (excluindo a desclassificação no Mundial de Berlim). Uma saída em grande da competição para a extraordinária marchadora norueguesa que hoje colocou um ponto final numa carreira brilhante em que conquistou duas medalhas olímpicas. Na prova, este ano na distância de 10 Kms, participaram também (para além das 8 finalistas do Challenge) várias atletas russas que se intrometeram entre as mulheres que corriam para o prémio final. Assim, nas contas da corrida Susana foi 10ª com 44'25'', sendo sexta, e melhor portuguesa, na classificação do circuito mundial da IAAF. A seguir a Platzer entrou a vice-campeã mundial Olive Loughnane e a italiana Elisa Riguado. Vera Santos foi 7ª e Inês Henriques 8ª. Susana Feitor acaba assim uma temporada dificil com um resultado positivo.

Classificação da Final do IAAF Race Walking Challenge 2009

1ª Kjersti Platzer (NOR) 42'51''
2ª Olive Loughnane (IRL) 43'22''
3ª Elisa Rigaudo (ITA) 43'29''
4ª Claudia Steff (ROM) 44'11''
5ª Ana Maria Groza (ROM) 44'15''
6ª Susana Feitor (POR) 44'25''
7ª Vera Santos (POR) 44'57''
8ª Inês Henriques (POR) 45'37''

A prova foi ganha por uma das marchadoras convidadas. A jovem russa Tatyana Mineyeva fez 42'04'', marca que é novo Recorde da Europa Júnior. A seguna foi a também russa Vera Sokolova (42'12''), antes de Kjersti Platzer(42'51''), a primeira nas contas do Challenge.

Apenas 8 na luta pelo prémio

Já em Saransk, depois da longa viagem até à capital da região russa da Mordóvia, Susana Feitor soube que das 12 atletas qualificadas para a final do IAAF Race Walking Challenge só 8 vão alinhar à partida (pondendo participar outras marchadoras, mas sem entrada nas contas para o prémio final). Assim, do lote previsto, abdicam da competição a alemã Sabine Zimmer Krantz, a lituana Kristina Saltanovic, a espanhola Beatriz Pascual e a checa Zuzana Schindlerová. Nesta longínquia cidade, 11 horas de comboio de Moscovo, estão já, para além das 3 portuguesas (Susana Feitor, Vera Santos e Inês Henriques), Kjersti Platzer (NOR), Olive Loughnane (IRL), Elisa Rigaudo (ITA), Claudia Steff (ROM) e Ana Maria Groza (ROM). Resta saber quantas russas se juntarão a estas para o inicio da prova de 10 Kms, embora desta nenhuma possa pensar no prémio de 30 mil dólares para a vencedora. Saransk recebe pela segunda vez a final do Challenge. A escolha desgasta muito os atletas, devido à longa viagem, mas está associada ao facto desta cidade ser a capital russa da disciplina. É aqui que está sedeado o Centro de Preparação Olímpica responsável pela formação dos últimos três campeões do mundo: Olga Kanisnina (20 Kms femininos), Valery Borchin (20 Kms masculinos) e Sergey Kirdiapkin (50 Kms).

De partida para a incerteza de Saransk

Susana Feitor e os restantes três atletas portugueses qualificados para a final do IAAF Race Walking Challenge (Vera Santos, Inês Henriques e João Vieira) parte amanhã bem cedo para Saransk (Russia). Uma viagem bastante longa que começa com a ligação aérea a Moscovo (via Madrid), seguida de 11 horas de comboio até à cidade que organiza a prova, onde os atletas só devem chegar às 6 da manhã de sexta-feira. Para a final feminina do Challenge estão qualificadas 12 marchadoras (que participaram sem desqualificar em pelo menos quatro provas do circuito). Só estás podem aspirar à vitória final, mas aqui há algumas novidades, ou pelo menos entende-se que há. Se até à edição transacta a vitória final no Challenge era decidida pelo somatório dos pontos conquistados ao longo de toda a época, desta vez parece que as 12 qualificadas partem em pé de igualdade (tal como acontece na final mundial de provas de pista). Dizemos parece porque é tudo muito pouco perceptível no regulamento. Para além das 12 atletas nessas condições, a organização pode convidar outras marchadoras, mas nem sobre essas há informação. A comunicação russa da prova deixa muito a desejar, tal como a da IAAF que a dois dias do evento não tem qualquer referencia na sua página. De qualquer das formas, pelo que se percebe, essas convidadas nunca irão interferir na classificação da final do Challenge, mesmo que ganhem a prova. Entre as que lutam pelo prémio final, sabe-se que vão estar, para além das três portuguesas, a dominadora do circuito Kjersti Platzer e a vice-campeã mundial Olive Loughnane. Certa é a ausência de Sabine Zimmer Krantz. Sobre as outras atletas em condições de chegar ao ambicionado prémio pouco nada se sabe. São elas Elisa Rigaudo, Claudia Steff, Beatriz Pascual, Kristina Saltanovic, Ana Maria Groza e Zuzana Schindlerová. Outra novidade é o facto da prova ser apenas de 10 Kms quando praticamente todo o circuito foi disputado em 20 Kms, tanto para homens como para mulheres. Susana já conhece o circuito. Diz tratar-se de cinco voltas de dois quilómetros "num traçado rápido". A marchadora de Rio Maior encontra-se bem e tem treinado sem limitações, mas não se sabe se estará ao nível do ano passado quando venceu em Murcia (Espanha), naquele que foi o seu melhor resultado de 2008.

Fim de semana preenchido em casa

A uma semana da participação na final do IAAF Race Walking Challenge, Susana continua a sua preparação no concelho de Rio Maior.
Entre muito treino teve um fim-de-semana de intensa actividade social com presenças em eventos locais. Sábado deu o tiro de partida nos 10 Kms de Gançaria (freguesia vizinha de Alcobertas). Trata-se de um prova popular, organizada há 4 anos, que faz parte do calendário regional do Inatel.
No domingo, a marchadora assistiu à inauguração da nova escola da localidade onde reside. Um sonho antigo para a população que passa a ver agrupado num único estabelecimento o pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico.
A semana prossegue agora em ritmo de treino até quinta feira, dia em que parte para Saransk (Russia) onde vai fazer a última prova da temporada.

Mundiais de Susana em documento

O site atleta-digital.com publicou um documento em que é possível conhecer a história dos dez Mundiais de Susana Feitor. Esse documento, acessivel em http://www.atleta-digital.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2747, não é mais que uma compilação dos trabalhos criados e publicados no http://www.susanafeitorg.blogspot.com/ nas semanas que antecederam a participação da marchadora em Berlim. À história dos nove Campeonatos do Mundo disputados até então o site juntou o resumo para participação na capital alemã.

Uma espécie de balanço de "recta final"

Olá a todos, desde Portugal e em casa, que tem sido coisa rara nos últimos tempos!
Resta pouco para o final desta época desportiva.
Este ano, foi-me especialmente complicado em termos desportivos, nomeadamente nas competições de 20 kms. Várias foram as questões fisicas, logo a começar em Rio Maior a 4 de Abril, com problemas nos músculos posteriores da coxa esquerda, e depois mais tarde foi o meu abdómen (ovários). Apenas terminei duas competições de 20 kms, em seis das que me propus a realizar. Mas para além destas competições, também em treino tive vários contratempos, ao ponto de pôr em risco a minha selecção para o meu décimo mundial. A concorrência na selecção nacional é forte, pois temos tido quatro atletas em disputa para os três lugares possíveis, mas com tanto contratempo durante a época, também as minhas armas para lutar por um desses lugares estavam débeis. E após determinada altura já não me deparava apenas com as questões físicas. Também a minha “resistência” psicológica dava sinal de fraqueza, pois ao mínimo problema ou dificuldade que sentia, não respondia da forma que deveria ou como seria normal.
Após o mal-estar na Corunha, a 20 de Junho, cheguei a sentir que a minha viagem até ao Mundial em Berlim estava em perigo, mas ainda tive uma última possibilidade de contrariar a má onda de resultados, que seria em Dublin, na Irlanda, uma semana depois. Parti decidida e determinada, mas jogando pelo seguro, fazendo uma prova muito cautelosa e assim cheguei ao fim com 1h31’37, o que reforçou a minha selecção para Berlim, após se verificar que a Ana Cabecinha estava com dificuldades na sua preparação devido a lesões.
Depois dos Campeonatos de Portugal, no final de Julho, o modo como me senti trouxe-me mais tranquilidade e uma concentração menos tensa para competir em Berlim.
Apesar de saber que o desenvolvimento da época não me deixaria chegar às minhas condições competitivas habituais, mas com a parte final da preparação mais consistente e conseguida, senti que poderia continua a pensar numa luta para entrar no Top 10 no Mundial.
Penso que se notaram bem todos estes aspectos na forma como conduzi a minha prova em Berlim, sem entrar em “loucuras” e a conter o meu espírito competitivo mais aguerrido. Em vez da emoção, joguei muito com a razão, o que não impediu que fosse difícil atravessar a fase dos 16 aos 19 quilómetros. Imenso calor e humidade sentidos naquele dia, tornaram a prova numa espécie de gestão de vários aspectos, desde o esforço físico e emocional, aos abastecimentos, mas em especial aos refrescamentos, o que no final reforçou a minha satisfação: chegar em décimo lugar, no meu décimo mundial, aos 34 anos, depois duma época “chata”. Voltei a sentir o prazer que faz estar no alto rendimento desportivo e o prazer que sinto em vestir a camisola da selecção nacional!
Nesta fase sinto algum desgaste, talvez até mais psicológico que físico, pois estes últimos meses foram muito exigentes, mas o facto de ter tido o resultado que tive e ter sentido à minha volta boa energia de muita gente querida, faz com que a minha motivação ainda esteja em força.
Só falta mesmo disputar a Final do IAAF Race Walking Challenge 2009, em Saransk - Rússia, no dia 19. Para além da alteração das regras do Challenge para 2009 não ter sido feliz em alguns aspectos, às vezes é difícil aceitar algumas decisões superiores sobre a escolha de determinados locais para competições deste nível. É que a viagem que temos de fazer até Saransk, cidade que fica algures, longe e perdida no meio da Rússia, e todo o processo para obter o visto e datas mais certas para ir até lá, têm sido uma verdadeira aventura. Ainda bem que a distância em causa é de 10 kms e não os habituais 20, pois se assim não fosse, seria penoso e muito difícil chegar a Saransk em boas condições físicas para uma disputa que se adivinha muito forte!

Susana Feitor

Quarto lugar em Espanha

Não conseguindo repetir a vitória do ano passado no Grande Prémio de Guadix (Espanha), Susana Feitor foi esta noite quarta classificada na prova de 3 Kms. Com a partida a ser dada já bastante atrasada em relação ao horário previsto, a marchadora de Rio Maior não seguiu o ritmo inicial imposto pela alemã Sabine Zimmer Krantz (que fez saber que não vai estar na final do IAAF Race Walking Challenge), e optou por integrar o grupo perseguidor, juntamente com com Olive Loughnane e Vera Santos. No final, a irlandesa vice-campeã mundial impôs-se às duas portuguesas, ocupando Vera o último lugar do pódio. Susana Feitor chegou depois, antes do pelotão espanhol. "Esta prova serviu para preparar a final do Challenge daqui a duas semanas na Russia. Mostra que estou consistente, mas menos rápida do que no ano passado", disse no final da prova que se disputou num circuito de 500 metros (6 voltas).

Classificação









1ª Sabine Zimmer Krantz 13'10''
2ª Olive Loughnane 13'14''
3ª Vera Santos 13'17''
4ª Susana Feitor 13'23''

Susana marcha em Guadix

Susana Feitor faz amanhã o seu regresso à competição após os Mundiais de Berlim. A marchadora participa nos 3 kms do Grande Prémio de Guadix (Espanha), terra natal de "Paquillo" Fernandez. A prova serve mesmo de homenagem a um ex-treinador do espanhol, que faleceu com cancro. Guadix é uma localidade de boa memória para Susana onde venceu no ano passado à frente de Kjersti Platzer e Vera Santos. Um resultado que serviu para ganhar confiança após o desaire olímpico e que pouco depois a levou à vitória na final do IAAF Race Walking Challenge. Este ano a norueguesa não está presente, mas há outros nomes a ter em conta como Olive Loughnane e Vera Santos (2ª e 5ª no Mundial, respectivamente), ou a romena Claudia Steff. A partida é dada às 18h30m (menos uma hora em Lisboa).